As obras de infraestrutura são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social de um país. Elas abrangem uma ampla variedade de projetos, desde estradas e pontes até operações na área de energia e saneamento.
O fim da emergência de saúde pública para a Covid-19 e a implantação do Novo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC formam um cenário de oportunidades para o setor de obras de infraestrutura. Esse é tema do nosso artigo. Leia e confira!
Segundo o relatório do GRI Club, a maioria dos executivos do setor de infraestrutura no Brasil está otimista com a retomada do crescimento e acredita no aumento da demanda por obras de infraestrutura em 2023.
Também de acordo com o relatório, o governo federal tem papel essencial no desenvolvimento da infraestrutura por meio de medidas como a ampliação das concessões e parcerias público-privadas (PPPs), estabelecimento de segurança jurídica e agilização de processos licitatórios e ambientais.
O relatório do GRI Club ressalta ainda que os segmentos mais atrativos para investimentos em infraestrutura no Brasil são os de energia elétrica, saneamento básico e transporte.
Entretanto, o relatório também chama a atenção para a importância da estabilidade política, do planejamento de longo prazo e da simplificação tributária, ressaltando que a ausência desses fatores impõe sérios desafios à implantação de obras de infraestrutura.
Diante desse cenário favorável, vamos conhecer algumas das oportunidades em obras de infraestrutura:
Com o crescimento das cidades e do comércio internacional, principalmente do agronegócio, aumenta a demanda por melhorias na infraestrutura de transporte.
O investimento em obras de construção e manutenção de estradas, pontes, ferrovias, aeroportos e portos são essenciais para evitar gargalos na cadeia de suprimentos e promover a eficiência produtiva e o aumento da competitividade.
Conforme as cidades enfrentam desafios relacionados ao trânsito e à poluição, projetos de mobilidade urbana, como sistemas de transporte público eficientes e infraestrutura para bicicletas e pedestres, representam oportunidades significativas.
O BNDES estima um investimento de R$263 bilhões em expansão da eletromobilidade, que deve contemplar a indústria de ônibus elétricos no curto e médio prazos.
A construção de usinas de energia, instalações de energia renovável (como parques eólicos e usinas solares) e a modernização da rede elétrica são áreas em expansão.
De acordo com o BNDES, o Brasil precisará investir até R$3,5 tri em infraestrutura nos próximos 10 anos. Executivos do banco ressaltam que parte significativa desse investimento deverá ser feita em energia, sobretudo em razão da demanda das usinas de moléculas de hidrogênio.
Assim, com a ênfase crescente em fontes de energia limpa, as oportunidades no setor de energia estão em alta.
Após a aprovação do novo marco do saneamento, em 2020, existem boas perspectivas na área. Com captações bilionárias, as empresas do setor terão alta de investimento nos próximos anos.
Ainda de acordo com o BNDES, R$400 bilhões em investimentos serão necessários para viabilizar a expansão planejada de saneamento básico.
Portanto, empresas que oferecem soluções inovadoras em tratamento de água e gestão de resíduos têm grandes possibilidades de colocar seus projetos em execução.
De acordo com relatório setorial da Brasscom, nos últimos 5 anos, o macrossetor TIC cresceu 6,9% ano, representando 36,4% do mercado da América Latina. Esses dados evidenciam que os projetos relacionados à construção de redes de fibra óptica, torres de comunicações e infraestrutura de data centers estão em alta.
Segundo informações do Governo Federal, o Novo Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, vai investir R$1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$1,4 trilhão até 2026.
Os investimentos serão realizados com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) no valor de R$371 bilhões; de empresas estatais no valor de R$343 bilhões; financiamentos, R$362 bilhões; e setor privado, R$612 bilhões.
O novo PAC prevê medidas institucionais e nove eixos de investimento. As medidas institucionais são um conjunto de atos normativos de gestão e planejamento com o objetivo de contribuir para a expansão de investimentos públicos e privados.
As medidas institucionais estão divididas em cinco grandes grupos:
Aperfeiçoamento do ambiente regulatório e licenciamento ambiental;
Expansão do crédito e incentivos econômicos;
Aprimoramento dos mecanismos de concessão e PPPs;
Alinhamento ao plano de transição ecológica;
Planejamento, gestão e compras públicas.
Já os nove eixos de investimento são os seguintes:
Cidades sustentáveis e resilientes;
Transição e segurança energética;
Transporte eficiente e sustentável;
Inovação para a indústria de defesa;
Educação, ciência e tecnologia;
Saúde;
Água para todos;
Inclusão digital e conectividade;
Infraestrutura social inclusiva.
Todos esses recursos serão destinados a investimentos que geram oportunidades para as empresas que atuam no planejamento e execução de obras de infraestrutura.
Como vimos, existem boas perspectivas para a execução de obras de infraestrutura no Brasil. Porém, para atuar nesse setor, é fundamental seguir as regulamentações governamentais e buscar parcerias estratégicas.
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